hoje não me apetece dizer nada sobretudo nada de especial sobretudo
nada sério que esta vida já é só de tristezas e essas não pagam dívidas
afinal as caloteiras vejam só o que quem se entristece tem de aguentar
por isso afifem o sorrisito que aqui agora é só smiles e nem mais um
bocadinho seja do que for olha que quem está com sorte é o pikeno bush
a modos que nesta altura de crise e recessão para todo o planeta ele é o
boss do país mais nonchalant do planeta se fosse eu punha-me a comer
donuts quadrados e recheados com chocolate e ia à rua buscar pretzels
e bebia root beer com montes de gelo e encomendava pizas e gelados
pelo telefone e mandava passear os cães que era para fazerem exercício
que isto de ser cão de rico também traz doenças civilizacionais ó agora
lembrei-me daquilo que tinha para vos contar era um segredo mas vou
fazer como toda a gente agora faz conta-se à melhor amiga que por sua
vez conta à melhor amiga e por aí fora e não tarda todo mundo sabe mas
não foi ninguém porque toda a gente é de extrema confiança já vêem que
a confiança também trai e esta então se isto é assim com os amigos que
fará com os inimigos ó raça hiperbólica de confiantes confidentes pra
que raio vos quero se até hoje ainda não vi nada que preste a propósito
dessa da confiança e um dia lá ia eu pela marginal fora a pé que eu gosto
de pôr as pernitas a trabalhar e sempre é preferível a ter ataques de
diabetes por assentar o dito cujo o dia todo no escritório e no carro hoje
em dia já ninguém está para pensar nestas coisas e eu até compreendo
só não compreendo como é que o pedrito de portugal agora anda a
melgar-se à presidência isto é que é preciso não ter vergonha mas já vou
por aqui fora e o que eu queria mesmo dizer é como é que me surgiu uma
ideia fenomenal quando há tempos ia por aí fora pela marginal justamente
a pensar nessa coisa da confiança que só desanda em desconfiança e
assim como assim de facto é preciso ser mesmo tolo para se confiar hoje
em dia que agora nada é sagrado nem um pedido de sigilo caramba acho
que isto é um sinal de decadência da língua portuguesa se insistissem
mais na escola para ligarmos as palavras ao seu respectivo significado
se calhar ficava-nos alguma coisinha mais entendia-se um pouquinho
melhor essa coisa do respeito e da confiança e se calhar até se podia
confiar mais mas no presente estado das coisas não não me parece que
seja uma boa ideia confiar é melhor atirarmo-nos de cabeça para um canil
de dobermans esfomeados aí ao menos temos a certeza do que nos vai
acontecer assim parece que nos vendamos e andamos às apalpadelas só
à espera do mal que nos está para acontecer imaginem a quantidade de
angústia que um pensamento destes nos traz a nós que nascemos muito
felizes e a confiar nos outros para a nossa sobrevivência ó raios já
nascemos enganados só pode ser com tendência para acreditar
estupidamente em tudo o que nos impingem um destes dias talvez
alguém invente a vacina da desconfiança para dar às criancinhas com a
da varíola ou isso ó raios e eu que até tinha começado esta prosa com
uma notita de leveza de não querer pensar em nada de peso que mania
esta que a gente tem de se enrolar nos pesadelos e insistir em repetir a
dose até à loucura sim porque por este andar sou uma louca encartada
mas também não faz diferença mais dia menos dias isso é objecto de
outro estudo e ficamos imortalizados prontos.
publicado por manchinha às 20:17
Manchinha, é caso para dizer: "ainda bem"! Já viu o que seria dos seres humanos fascinantes se não tivessem a capacidade de alucinarem saudavelmente (entenda-se, com a perfeita noção de que se está a alucinar/disparatar/desrespeitar a regra do politicamente correcto)? Seriam seres perfeitamente banais, o que nos empobreceria a todos...
A menina é um achado. :)
Abraços X2! :)Mente Asumida
(http://www.assumidamente.blogspot.com)
(mailto:mente_assumida@iol.pt)
Anónimo a 9 de Março de 2005 às 23:46
não tirou não, mentezinha; estava a disparatar, como sempre; mas a menina já me cohece, já devia saber que para estes lados alucinar é um modo de estar. bjs2X2Manchinha
(http://manchinha.blogs.sapo.pt)
(mailto:e_manchinha@sapo.pt)
Anónimo a 9 de Março de 2005 às 10:56
Ora bolas, tirei a Manchinha do sério...
Não estou a fazer-me desentendida. Penso que percebi o que quis dizer. Espero que tenha percebido o que eu quis dizer. Daqui a nada parecemos a Zézinha Nogueira Pinto com o "eu sei que o senhor sabe que eu sei que o senhor sabe" e não saímos daqui...
Boas noites X2Mente Assumida
(http://www.assumidamente.blogspot.com)
(mailto:mente_assumida@iol.pt)
Anónimo a 9 de Março de 2005 às 02:49
essa coisa do palpar parece-me realmente bem: eu palpo, tu palpas, ela palpa... talta palpadela há-de dar em aguma coisa, não acha? olhe, a menina está a fazer-se desentendida e a insinuar que eu estou a insinuar, mas não é de todo insinuação, porque se eu quisesse insinuar, insinuava, caramba! bom dia da mulher pra ti x2
Manchinha
(http://manchinha.blogs.sapo.pt)
(mailto:e_manchinha@sapo.pt)
Anónimo a 8 de Março de 2005 às 18:45
Sim, no meu caso, penso que como o essencial me escapava e eu o que não palpo, não sinto, não vejo, não ouço, não sei, prefiro não confiar e não ser anjinha. E depois fiquei assim, olhe, pessimista por natureza, a achar que sempre que eu conseguir palpar, ver, ouvir ou saber... não vai ser grande coisa. Não sei se a fusão é inebriante, mas enfim...
Compreendo-a perfeitamente. Alguma coisa do que a menina me diz eu haveria de compreender, não acha?
Abraço X2.Mente Assumida
(http://www.assumidamente.blogspot.com)
(mailto:mente_assumida@iol.pt)
Anónimo a 8 de Março de 2005 às 15:11
é... parece-me que entre o pragmático e o céptico houve de repente uma inebriante fusão. ó, mente-a... a menina entende-me e eu não preciso de esgrimar demais consigo. a-mente, o seu sexto sentido deve ter sido nomeado para um óscar só pela mente-a. ;) lá-lá-lá...Manchinha
(http://manchinha.blogs.sapo.pt)
(mailto:e_manchinha@sapo.pt)
Anónimo a 8 de Março de 2005 às 08:28
é... parece-me que entre o pragmático e o céptico houve de repente uma inebriante fusão. ó, mente-a... a menina entende-me e eu não preciso de esgrimar demais consigo. a-mente, o seu sexto sentido deve ter sido nomeado para um óscar só pela mente-a. ;) lá-lá-lá...Manchinha
(http://manchinha.blogs.sapo.pt)
(mailto:e_manchinha@sapo.pt)
Anónimo a 8 de Março de 2005 às 08:26
Minha cara Manchinha, quando eu dizia que saber confiar é uma dádiva, queria dizer que saber escolher as pessoas em quem confiamos é uma dádiva, ou seja, confiar BEM é uma característica que só alguns seres têm [a Pilantra é um bom exemplo, a A-Mente é outro - antes de mais, achei imensa graça ao "A-Mente" e "Mente-A" :)] e que é de excepção. Há quem lhe chame "sexto sentido", há quem diga que é "espiritualidade desenvolvida", há quem fale em "instinto feminino"... olhe, sinceramente, eu não faço ideia! Só sei que quem, como eu, é pragmática (e a Manchinha sabe muito bem o que mais) confiar é algo de distorcido, não muito nítido, que não oferece segurança. Ora, eu sou um animal que precisa de segurança, logo... não sei bem o que é isso da confiança.... e, honestamente, não faço muita questão de saber... Já sei, já sei, sou uma céptica... ;)Mente Assumida
(http://www.assumidamente.blogspot.com)
(mailto:mente_assumida@iol.pt)
Anónimo a 7 de Março de 2005 às 20:40
contas feitas, eu sou a única desculpa de ser humano que não põe as mãos no fogo por ninguém. sabem porquê? porque já se foram, consumidas por essa coisa da confiança...Manchinha
(http://manchinha.blogs.sapo.pt)
(mailto:e_manchinha@sapo.pt)
Anónimo a 7 de Março de 2005 às 16:16
Ah pois´há, sim senhor Pilantra, que eu sou muito friorenta e por isso não me importo de pôr as mãos no fogo seja pelo que for. Além disso, o que levamos desta vida é a surpresa de que algumas queimadelas não custam nada e essas compensam todas as queimadelas que nos deixam com a pele em ferida!Assumida Mente
(http://www.assumidamente.blogspot.com)
(mailto:assumidamente@iol.pt)
Anónimo a 7 de Março de 2005 às 00:37