manchinha

Janeiro 25 2006
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e agora há esta coisa das vacas pela rua mas a verdade é que não é novo vacas sempre houve e na rua então não se fala mas não era bem disso que eu queria falar lembrei-me pronto mas o que me veio à cabeça foi o olhar bovino foi com um olhar assim que o buda ganhou fama o que eu nunca percebi foi se aquilo era assim mesmo ou se bovino era de boi como a gente dizia há anos atrás quando queria dizer que alguém tinha apanhado uma valente cachaporrada de suruma que para quem não sabe é erva marijuana e essas coisas que consomem neurónios como o álccol e alteram o comportamento por isso não me admiro que o rapaz buda se passasse para o infinito ou para o eterno ou lá como dizem da transcendência e essas coisas que são conceitos que cada um adapta a seu bel prazer eu cá sou mais parcimoniosa e nos conceitos então não se fala que a mim alguns baralham-me os neurónios mesmo sem suruma claro está que se há coisa que me faz dor de cabeça é uma surumada uma vez até tive uma relação em que eu é que andava ansiosa por comunicar e até surumei e tudo para ver se pegava mas nada colou grudou mesmo tipo choingum no asfalto macadame já se disse assim quando começaram a pavimentar tudo muito antes dos furacões nos chamarem a atenção para a respiração essencial do planeta é claro que hoje em dia se pavimenta tudo para não haver poeira nem lama nem essas coisas e surtos de pulgas e mosquitos a verdade é que não adianta nada porque depois vêm os furacões e dão conta de tudo e temos na mesma os mosquitos e as pulgas e as pragas ó deuses não há cause sem efeito mas ninguém nos empresta manual de instruções para esta coisa da vida e lá vamos nós agora com as vacas pelas ruas de lisboa há cinco anos em seattle eram os porcos às cores e às flores e vestidos e cheios de estrelas e um dia vinha eu a sair do starbuck com um copázio de café com leite e dou com um imenso porco verde sentado a olhar para mim com a roupa toda engelhada nos refegos mais parecia um sapo só que era gigantesco e não ficava nada bem com o casaco de xadrez e a camisa branca com colarinhos altos mas depois descobri que o porco à boavista é que era realmente hediondo mas isso é porque os padrões a mim dão-me vómitos seja como for isto era para vos dizer que ando por aqui a pensar que daqui a uns anos vamos com certeza ver uma exposição de elefantes a helsínquia e se calhar também nos baralham os fusíveis com o frio também é natural que se baralhem mais o que hei-de eu fazer
publicado por manchinha às 21:59

Janeiro 24 2006
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eu hoje só venho aqui a correr entre um frio e outro que faz frio caramba como faz mas estava a pensar que quando as pessoas de outras épocas construiam abadias e capelas e coisas assim em sítios improváveis como quase no meio do mar no areal e essas coisas estavam mais ou menos a tentar fugir deste mundo que deus esse quando criou o mundo ainda não tinha feito o jardim do paraíso aí sim é que ele se aperfeiçoou e deve ter sido nessa altura que ele se lembrou de criar os anjos para o protegerem porque se alguém comparasse o paraíso com o mundo é que era uma bronca ninguém ia ficar indiferente pelo menos depois de terem tempo de ponderar os prós e os contras deste mundo e do dele já viram o que era se de repente desatássemos todos a reclamar a nossa parte do paraíso e a bagunça que era só para definir as fracções que cabiam a cada um e deus já de gelo na cabeça a pensar que raio de ideia a minha vou mudar de galáxia que esta está a ficar um subúrbio mais ou menos como aquela parcela da ibéria em que os tipos se escavacam uns aos outros e agora até foram eleger o queixo rígido como se não lhes bastassem as desgraças todas por si só parece que andam armados em suicida já que não saem da cepa torta parece que têm gosto em enterrar-se mais e mais ó e agora que faço com estes gajos e à porta o people todo a discutir que árvore que arbusto que canteiro de flores do paraíso ficam para este e para aquele e é uma discussão infinda mais valia criarem cada um o seu paraíso que é o que os ricos fazem pelo menos é o que se vê nos filmes começam todos pobres mas lutam muito acreditam muito e vencem muito

publicado por manchinha às 07:33

Janeiro 19 2006
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a gente não precisa de nenhum spielberg ou kubrick ou seja o que for aqui no império do sol poente porque os buracos negros são à dúzia e ao quilo que é mais barato nem os chineses dos trezentos nos batem nesse departamento e também temos a maior colecção de e.t.s de que há memória desde um pm ciciante com os pés virados para o infinito aliás o primeiro damo das presidenciais deste ano partilha da mesma característica física o que não deixa de nos lembrar que todas as coincidências são significativas que nesta coisa das características físicas há muito que se lhe diga e eu cá acredito que nos dizem mundos e fundos das pessoas nem precisamos de pôr os óculos e olhar para as linhas da mão para ver o óbvio tá claro e voltando à vaca fria como eu dizia os chineses andam fritos connosco porque já tiveram de aguentar um sol nascente e agora é o sol poente aqui à beira-mar plantado é bem verdade que temos as tunas académicas e os cantares alentejanos e as broas de avintes e o porco preto alentejano e a doçaria conventual e avinhaça de mesa imbatível mas o certo é que vai tudo para uma espécie de quadrado da ibéria que é um fenómeno que anda a intrigar os cientistas de todo o mundo e nós aqui com a maior taxa de desemprego entre cientistas do mundo vá-se lá entender a incapacidade de prever das sucessivas tentativas de governância bem sei que é um pedaço irrealista tentar governar qualquer coisa com o primo do coiso e a irmã da coisa sempre a bater-nos à porta mas que querem isto é preciso ajudar os desgraçados e ainda por aí muita fominha escondida por trás das camisolinhas vermelhas e amarelas de decote em vê e dos mocassins de vela e dos perfumes chanel sempre ouve aliás que não há como o império do sol poente para produzir ricos remediados por temporadas e depois puf lá se vão eles a dar a vez a outras estrelas cadentes de efémeras glórias durante igualmente efémeras governâncias já lá dizia o romano líder que cá para estas bandas havia um povo que não se governa nem se deixa governar olhem para os espanhóis que bem tentaram e só se meteram em trabalhos pois claro agora são mais prudentes mandam o el corte inglês primeiro para apalpar terreno e compram os bancos e os hotéis da avenida da liberdade e mesmo com os seus oficialíssimos quarenta por cento da economia local não se atrevem a partilhar connosco mesa cama e roupa lavada senão quem se desgoverna são eles e assim como assim já lhes bassta o que basta a Galiza também fica a poente e les vêem-se gregos para rentabilizar os mil e um recursos naturais daquela gente que à viva força quer ser poente não se percebe porquê raios não vêem o que vem aí com o senhor do queixo rígido a ameaçar ganhar as eleições claro que a abstenção é bem capaz de lhe roubar a glória total essa ladra esquiva e sinuosa que faz com que a gente vá ao clube vídeo no sábado anterior ao domingo sem outros programas televisivos senão os queijinhos das percentagens de votos e reportagens de gente histérica na rua com bandeirinhas aos guinchos para a televisão não a gente não precisa de ficção realista nem de dramas psicológicos que a gente disso tem cá muito e até nos sobra anda tudo meio enjoado até mas como dizer que não hã como dizer se os guionistas são sempre amigos dos amigos primos dos primos vizinhos e conhecidos caramba o que a gente quer é que o sol se ponha de uma vez a ver se a almofada nos faz sonhar qualquer coisinha diferente pela madrugada


publicado por manchinha às 08:10

manchas negras, cinzentas e brancas em todos os cantos da nossa vida. que fazer senão chocar de frente com elas e esperar que o acidente tenha consequências notáveis?
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