não te ia dizer nada mas já que estamos aqui aproveito e atiro-te umas palavras gosto de palavras sabes da forma como vivem entre nós como se insinuam enrolam e deslizam à nossa volta não gostam quando cortam o ar como facas e nos rasgam como as bordas de uma folha de papel são irritantes os cortes das folhas de papel doem doem e nem sequer são imensos muitas vezes nem sequer sangram mas doem como uma grande calamidade nem nos deixam pensar mas não te ia dizer nada disto só que estavas aqui à mão e apeteceu-me dizer-te em palavras o que sinto como e quando o sinto